HISTÓRICO

2002

No dia 14 de julho, o Festejo do Tambor Mineiro, idealizado pelo músico, cantor e compositor Maurício Tizumba, faz sua estreia nas ruas do Prado com dezenove atrações, entre elas, Ricardo AleixoCia Seraquê, Família Alcântara e Titane. O evento marca a formatura da turma do curso Tambor Mineiro, ministrada na associação homônima.  Trovão das Minas, Guarda de Congo Feminina do Bairro Aparecida e Bloco Oficina Tambolelê apresentam-se no Festejo, feito que repetiriam em todas as edições subsequentes.

2003

O segundo Festejo do Tambor Mineiro tem entre seus convidados o Candombe da Serra do Cipó, Alexandre Cardoso e tambores do Berimbrown, Banda de Congo Mirim do Espírito Santo, Groove das Ruas e Explosão de Elite da Mangueira, que colore a festa de verde e rosa. A Spasso Escola de Circo faz sua estreia no evento e também passa a fazer permanentemente parte da programação.

2004

O Festejo do Tambor Mineiro não é realizado porque Maurício Tizumba está envolvido com as apresentações de A turma do Pererê, um dos maiores sucessos do teatro infantil brasileiro.

2005

Milton Nascimento, Maurício Tizumba, Grupo Tambolelê e três guardas de congado abrem, no palco do Palácio das Artes, a terceira edição do Festejo. Cerca de 10 mil pessoas se reúnem nas ruas do Prado para prestigiar um Festejo com conexões internacionais, com apresentações do grupo de tambor japonês Rio Nikkei Taiko e do Candombe do Uruguai. O projeto passa a contar com a gestão e produção da Napele Produções Artísticas.

2006

O Festejo, que até então ocorria em julho, passa a ser realizado em agosto. É incluído um dia a mais na programação do evento para ser realizado, na Funarte Casa do Conde, o Festival de Samba, com participação de Vander LeeBantuquerêCelso Adolfo, entre outros. No Prado, o Festejo é ampliado para dois quarteirões e fazem sucesso as barracas de penteados afro e de pratos típicos africanos.

2007

Indígenas Pataxós vêm diretamente do norte de Minas para mostrar sua cultura no Festejo. A quinta edição também é marcada pela presença da Guarda de Moçambique Treze de Maio, pelos cariocas da Cia Brasil Mestiço e pela sempre participante Irmandade Os Ciriacos e Banda Dançante do Rosário de Santa Efigênia. 

2008

Estendida, a programação de shows e oficinas do Festejo dura uma semana e reúne cerca de trinta guardas de congado e quinze grupos de percussão. Como parte das atrações, os shows de Siri e de Maurício Tizumba e Trio são apresentados no Sesiminas. Fazem sucesso as oficinas ministradas pela compositora e baterista Vera Figueiredo, pelo baterista e percussionista Robertinho Silva, e pelo multi-instrumentista Paulo Santos, um dos criadores do Grupo Uakti. No evento de rua, Elza Soares comparece como público e emociona integrantes das guardas e organizadores.

2009

Sérgio Pererê, que já participava do Festejo com o Grupo Tambolelê, faz pela primeira vez no evento seu show solo. A Guarda de Vilão Santa Efigênia e a Guarda de Moçambique Velho Africano são destaques do Festejo. Neusa Teixeira comemora sete edições como o tempero de maior sucesso entre os congadeiros. É o mesmo número de vezes que Os Carolinos contabilizam a participação no evento.

2010

O senegalês Zal Idrissa Sissokho apresenta-se no Festejo. O músico faz parte da linhagem dos Sissokho, homens que transmitem, de geração a geração, a história do povo Mandinga. Chico César, Tom Nascimento e Pereira da Viola também fazem show na festa. O culto a Nossa Senhora do Rosário ganha força no 8º Festejo com a presença de diversas guardas, entre elas o Corte de Congo Catupé Estrela do Oriente, a Guarda de São Jorge de Nossa Senhora do Rosário e a Guarda de Moçambique de Nossa Senhora das Mercês.

2011

Da Argentina, o grupo percussivo No Chilla desembarca com seus tambores no Festejo. A cultura hip-hop também participa da festa na voz de Zaika dos Santos. Mais de uma tonelada de alimentos, destinados a festas de congado de Belo Horizonte, é arrecadada no Festejo. Um comercial da Caixa Econômica Federal tem sua veiculação suspensa por retratar o mulato Machado de Assis como um branco. Entre as guardas que participam do Festejo estão a Guarda de Congo de São Benedito, Guarda de Moçambique do Divino Espírito Santo e a Guarda de Moçambique Nossa Senhora do Rosário e São José.

2012

Os dez anos de Festejo são comemorados com ações em três eixos, Festejo – Encontros, no qual é abrigado as ações de apoio às festas de guardas de congado; Festejo – Difusão, com produção de vídeo, campanhas afirmativas e disponibilização de artigos no site; e Festejo – Festival, a tradicional festa nas ruas do Prado. Maurício Tizumba e Tambor Mineiro apresentam-se ao lado da diva Elza Soares. Marco Lobo também participa da festa. Entre jovens, idosos, católicos, evangélicos, mulheres e homens, muitas vozes anunciam: Eu Sou Congadeiro.

2013

Mesmo sem projetos aprovados em editais públicos e, assim, com menos recursos que em edições anteriores, o 11ª edição do Festejo mantém a festa, reunindo nove guardas de Congado e milhares de pessoas nas ruas do Prado. Da Argentina vem o grupo de percussão No Chilla (em sua terceira participação) e, da Alemanha, o grupo Encontro a apresentar seu “maracatu e samba reggae de Mühldorf”.

2014

O Festejo abre a roda tindolelê para Pereira da Viola e se encanta pelo afoxé do Bandarerê. Onze guardas de reinado/congado louvam Nossa Senhora do Rosário, os santos do panteão congadeiro, as nações africanas e os antepassados.

2015

O Festejo do Tambor Mineiro, após oito anos de realização initerrupta, por falta de recursos, não é realizado.

2016

O Festejo segue celebrando a cultura congadeira e Nossa Senhora do Rosário, que há séculos ampara as dores do povo negro brasileiro, e recebe em seu palco nomes como Flávio Renegado, os Passistas Dancy e Mirim, do projeto Lá da Favelinha, e Paulo Santos.

2017

Novamente por falta de recursos, o Festejo do Tambor Mineiro não é realizado.

2018

Mart’nália chega ao Festejo em participação histórica no show de Mauricio Tizumba e Grupo Tambor Mineiro. O Reinado Treze de Maio, a Comunidade dos Arturos e Os Ciriacos participam do louvor a Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, Santa Efigênia e demais santos do panteão congadeiro ao lado de outros onze reinos, irmandades e guardas. Maracatu Lua Nova, Jeiza Fernandes e Lucas Castro, Meninos de Minas, Bloco Saúde, Manu Ranilla e Bloco Oficina Tambolelê agitam a noite da festa, concluída com a tradicional “chuva” de água e flores.

2019

O Festejo recebe o ícone Zezé Motta, que faz participação especial em show de Mauricio Tizumba e Grupo Tambor Mineiro. De Pedro Leopoldo, vem o Candombe de Nossa Senhora do Rosário. Nove reinos e irmandades participam na parte da manhã da festa, entre eles o Massambique Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora das Mercês, de Oliveira, e a Guarda de Moçambique do Instituto Cultural Reino do Rosário, de Timóteo. Arautos do Gueto, Bloco Angola Janga e outras seis apresentações musicais completam a programação.

2020

Em virtude da pandemia de coronavírus, o Festejo é realizado online. Em sua comunicação, anuncia: “a pandemia nos impediu de ocupar as ruas do Prado com a força dos Reinados de Minas Gerais, mas não podemos e não vamos parar”. Na programação, três ações online e gratuitas: o curso “Essa gunga veio de lá – filosofias espirituais centro-africanas nos reinados afro-sudestinos”, com Rafael Galante; show de Mauricio Tizumba com Chico Amaral; e a roda de conversa “Prosas e cantos congadeiros”, com Mauricio Tizumba, as capitãs Edna e Maria do Rosário (Guarda de Moçambique Nossa Senhora do Rosário e São José) e integrantes do Tambor Mineiro. Tudo ainda pode ser assistido no canal do Festejo do Tambor Mineiro no YouTube.